Novas modalidades de consumo, como o Clube Amostra Grátis, atraem público que procura novidades e grandes descontos
Foto: Edu Cesar/Fotoarena
Clube Amostra Grátis: as pessoas pagam uma taxa anual e podem experimentar cinco produtos novos por mês
Há quem diga que, de graça, até injeção na testa. Mas com a aparição de uma nova modalidade de consumo entre os brasileiros, é possível que o ditado popular logo troque a “injeção” por novos produtos a serem lançados no mercado, como um novo xampu ou chocolate. Pelo menos é esta a proposta do Clube Amostra Grátis , que abriu as portas em maio, em São Paulo, e já possui mais de 11 mil paulistanos associados.
O novo conceito, de acordo com Luiz Gaeta, empresário e sócio-fundador do Clube Amostra Grátis, começou a se expandir inicialmente no Japão e ganhou destaque ao chegar à Espanha com o “Es Lo Último” e aos Estados Unidos com a “Sample U”. “É um modelo de negócio chamado ‘tryvertising’, onde você tem uma loja com produtos que ainda não foram lançados e que o público associado pode testar de graça e depois responder a uma pesquisa de mercado”, conta.
“É uma proposta interessante. Além de conhecer pessoas novas e passear, você pode ter conhecimento dos produtos que serão lançados, tudo grátis”, conta a dona de casa Glória Gaetan, que já é frequentadora assídua da loja. Mas nem tudo claro, é grátis no negócio. Antes de visitar a loja, instalada no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, é preciso se inscrever no site e pagar uma taxa de R$ 50, que tem validade de 12 meses. A cada mês, o associado pode levar para casa, no máximo, cinco produtos oferecidos.
Foto: Edu Cesar/Fotoarena
"Só na primeira vez que vim, já gastei os R$ 50 da taxa”, afirma a advogada ambientalista Telma Ferrari
“Se pensar que ficarei o ano inteiro adquirindo produtos diferentes, vale muito a pena. Só na primeira vez que vim, já recuperei os R$ 50 da taxa”, afirma a advogada ambientalista Telma Ferrari. Além disso, ela conta que conhecer o produto e poder opinar antes do lançamento é uma das razões que a fez se unir ao Clube. “Às vezes a gente quer reclamar ou dar uma ideia nova e, por meio do Clube, os fornecedores ficam sabendo o que achamos”, explica.
O preço é a opinião
Segundo Gaeta, todo associado só poderá voltar no mês seguinte para adquirir mais produtos depois de responder à pesquisas referentes ao que consumiu. “Acaba sendo uma pesquisa imparcial para os fornecedores e o consumidor, de casa mesmo, pode dar sua opinião”, afirma. Ele, que trouxe o negócio para o Brasil, conta que, dessa forma, as empresas ficam sabendo o que pode ser melhorado nos produtos e conhecem os hábitos de consumo referentes a eles.
Segundo Gaeta, todo associado só poderá voltar no mês seguinte para adquirir mais produtos depois de responder à pesquisas referentes ao que consumiu. “Acaba sendo uma pesquisa imparcial para os fornecedores e o consumidor, de casa mesmo, pode dar sua opinião”, afirma. Ele, que trouxe o negócio para o Brasil, conta que, dessa forma, as empresas ficam sabendo o que pode ser melhorado nos produtos e conhecem os hábitos de consumo referentes a eles.
Foto: Edu Cesar/Fotoarena
Para o representante comercial Luis Alberto Kikunaga, a taxa paga no início da associação é logo esquecida
Para o representante comercial Luis Alberto Kikunaga, a taxa paga no início da associação é logo esquecida. Em sua segunda visita à loja, ele afirma: “Qualquer coisa de graça já vale, experimentar novos produtos, então, vale ainda mais”. Segundo ele, o maior benefício do Clube é poder experimentar o que chegará às prateleiras e, na hora de fazer as compras, já saber se vale a pena levar para casa ou não.
Para o empresário e também associado Denis Venosa, que confessa gostar de criticar, o melhor é poder alterar algo antes de encontrá-lo no mercado. “Provar, testar e opinar. Desta forma, a gente pode melhorar um produto, o que é bom para nós e para as empresas”. A dona de casa Stela Truffi conta também que a proposta lhe interessou logo de cara pela mesma razão. “É a primeira vez que venho e poder e experimentar novos produtos é a melhor forma de conhecermos o que há de melhor no mercado”, diz ela.
O sócio-fundador do Clube conta que hoje eles oferecem produtos que vão de um a 120 reais. “A grande maioria, 95% dos produtos, estão na faixa de até 20 reais, mas podemos ter maiores valores agregados também”, explica. Porém, segundo ele, com os produtos eletroeletrônicos oferecidos o esquema é diferente. “Na área de higiene e alimentação, por exemplo, a pessoa leva tudo para casa e experimenta. Já na área de eletrônicos, ela testa o produto na loja e ganha pontos para trocar por outros produtos. É como um programa de milhagem”, define Gaeta.
Na loja, encontra-se um pouco de tudo. Entre hidratantes, cookies orgânicos integrais, café, xampu, cerveja e até ração para animais de estimação, as mulheres são maioria. Gaeta afirma que 70% dos associados são do sexo feminino. “O que confirma que a força do consumo normal é representada pelas mulheres”, completa ele.Com grande interesse do público e aceitação positiva da indústria de São Paulo, Gaeta conta que Curitiba, capital do Paraná, já está prestes a ganhar uma filial, e a proposta é expandir o Clube da Amostra Grátis para todo o Brasil.
70% de desconto por 72 horas
Enquanto o Clube Amostra Grátis permite com que você vá às compras sem gastar, outra modalidade de consumo que também está ganhando cada vez mais atenção é o comércio eletrônico com grandes descontos. O ClickOn, por exemplo, está no ar desde abril e já atingiu a marca de 200 mil usuários, com aproximadamente seis mil clientes que já passaram o cartão de crédito para garantir, por exemplo, uma pizza em São Paulo com 72% de desconto.
Enquanto o Clube Amostra Grátis permite com que você vá às compras sem gastar, outra modalidade de consumo que também está ganhando cada vez mais atenção é o comércio eletrônico com grandes descontos. O ClickOn, por exemplo, está no ar desde abril e já atingiu a marca de 200 mil usuários, com aproximadamente seis mil clientes que já passaram o cartão de crédito para garantir, por exemplo, uma pizza em São Paulo com 72% de desconto.
Diferente dos outros modelos de e-commerce, o ClickOn faz com que os compradores saiam de casa para usufruir de um momento de lazer e funciona com uma oferta por dia e um número mínimo determinado para acioná-la. “Conseguimos grandes descontos para levar um número grande de pessoas ao local do serviço a ser prestado, mas as redes sociais colaboram muito para com que esse número cresça bastante”, conta o fundador e CEO do ClickOn, Marcelo Macedo.
Inspirado no site norte-americano GroupOn, o ClickOn foi adaptado para o Brasil e, por enquanto só funciona na capital de São Paulo, mas possui previsões de expansão. O que já ocorreu com oBrandsclub, modelo de e-commerce de marcas de roupas e acessórios nacionais e internacionais que, há um ano e três meses no Brasil, já está prestes a atingir a marca de um milhão de membros. E os descontos também chegam a 70%. A diferença dele é que é preciso ser convidado para ser membro.
“É um clube exclusivo em que um convida o outro, principalmente através das redes sociais. Os clientes cadastrados recebem as ofertas diariamente”, explica o CEO do Brandsclub Brasil e um dos sócios do negócio, Paulo Humberg. Mas, segundo ele, é preciso ser rápido no gatilho. “Nós só vendemos coisas em promoção, então acaba tudo rapidamente”, completa.
Fonte: Site delas.ig.com.br
0 comentários: (+add yours?)
Postar um comentário